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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Após mídia, Leão crê que terá emprego em 2012 e ganha apoio de Lucas

Há quatro semanas, Emerson Leão assumia o São Paulo e voltava a trabalhar depois de 14 meses desempregado. Desde então, foram seis jogos, duas vitórias, um empate, três derrotas, a eliminação na Copa Sul-americana e o renascimento da equipe na briga pela Libertadores, além de aparições diárias em entrevistas, exclusivas ou coletivas, treinos e partidas. Tudo suficiente para o técnico acreditar que estará em algum clube na próxima temporada.
"Sinceramente, neste mês em que estou no São Paulo teve tanta propaganda, marketing e jornal que já valeu", disse, sorrindo, o treinador que tem contrato com o Tricolor até o final do Campeonato Brasileiro. "Não me preocupo com isso. Não estou pensando nem de perto no que vai acontecer em 2012", continuou.
O ex-goleiro se diz vidrado no trabalho por bons resultados contra Palmeiras e Santos, dois últimos adversários da equipe na temporada, e por isso nem pensa no futuro. A diretoria também está calma em relação a isso. Mesmo se não renovar com Leão, já teve com ele um diagnóstico avançado para uma reformulação na montagem do elenco em 2012.
O comandante, que já provocou Luis Fabiano com seu apelido de "Fabuloso" e deu descanso de duas partidas a Rogério Ceni para evitar que ele continuasse jogando machucado, cita a evolução que conseguiu com os atletas que tem em mãos nesta reta final do ano.
"O time do São Paulo é feito, com o que tem, para fazer gols, e está voltando a fazer. A juventude pode existir, mas precisa ser aplicada taticamente e isso melhorou um pouco. A defesa parou de fazer gracinha e está sendo um pouco mais séria e rebatedora, mas precisa mais, ainda não está bem", avaliou.
Com Leão, foram oito gols feitos e oito sofridos em seis partidas. No setor ofensivo, resgatou Luis Fabiano, que balançou as redes quatro vezes, Lucas, uma, e até o volante Wellington desencantou. Na parte defensiva, embora Luiz Eduardo tenha desagradado com duas más atuações e um gol contra, irritou-se principalmente com a mania de João Filipe em arrancar ao ataque - maior "gracinha" que condenou na zaga.
Entre os jovens, fez Casemiro sair e voltar ao banco durante o mesmo jogo, na derrota para o Atlético-PR, e ainda descartou o volante como titular nesta temporada, solicitando até que ele se entristeça por estar em má fase. Em relação a Lucas, crê que conseguiu a melhora que prometeu graças a um trabalho individualizado.
"Temos que lembrar o Lucas a toda hora e vamos fazê-lo até o final de todos os jogos. No treino, estou do lado, próximo ao seu ouvido. No jogo, preciso gritar", relatou o chefe, sempre pedindo ao garoto um jogo que privilegie sua velocidade e dribles, mas com inteligência para fazer ele e o time descansarem tocando a bola quando necessário.
Aliás, Lucas mostra-se agradecido pelo empenho de Leão na recuperação de seu bom futebol. Por isso, o meia iniciou uma campanha pela manutenção do treinador no cargo, independentemente do resultado final no Campeonato Brasileiro. A conquista da vaga na Libertadores do ano que vem pode ser obviamente o grande trunfo do comandante para uma renovação de contrato.  "Eu gosto muito do trabalho dele, é um técnico que me ajuda bastante, um cara que gosta de treinar. Eu gostaria da permanência dele, mas é uma coisa que a diretoria deve falar", disse o camisa 7.
Leão ainda acredita que não só mexeu com o brio dos atletas, como desejava o presidente Juvenal Juvêncio, mas retomou nomes como Xandão e Jean, raramente utilizados por Adilson Batista, seu antecessor. "Todos já contavam o Jean como carta fora do baralho, mas ele fez comigo boas partidas como lateral e uma excelente como volante", elogiou o ex-goleiro, usando o camisa 2 como exemplo. "Todos vão jogar comigo, por isso preparo todos." É o método de trabalho de Emerson Leão.

Fonte texto: Gazetaesportiva.net

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